domingo, 29 de janeiro de 2012

Reciclando sentimentos.

Já pensou se tivéssemos um automóvel movido a LIXO? Que bom seria, né!
Então, eu proponho que você faça algo bem parecido. Só que esse “automóvel” será a sua motivação para os estudos. Calma que eu te explico.
Já disse nesse blog que sair da zona de conforto é uma das ações primordiais na vida do concurseiro. Só que, às vezes, essa zona de conforto é tão forte que fica difícil de ser rompida. E temos sempre que nos mantermos fora dela. Conforto é coisa para depois que você for aprovado!
Também sabemos que nem só de sentimentos bons vivem os seres humanos. No último post eu falei sobre arrependimento. Você não pode deixar que esse tipo de sentimento lhe atinja e, ainda por cima, deve fazer com que esses sentimentos sirvam de combustível nessa sua jornada de concurseiro.
Pegue tudo de ruim que acontece na sua vida. A reprovação no concurso anterior, o pé na bunda, as pessoas que dizem que você não tem futuro, o seu chefe que te oprime e não te valoriza, etc.... não jogue nada para debaixo do tapete. Tampouco deixe esses fatos te abalarem e lhe roubarem a alegria de viver. ENCARE de frente todas essas frustrações. Como se fossem o seu pior inimigo. Só que ao invés de um belo soco, o que você vai fazer é estudar cada vez mais.
Sexta feira à noite, você tá cansado, sem vontade de estudar...
O que fazer? Comece a imaginar a cara do seu chefe quando você disser pra ele que foi aprovado. Ou então aquela pessoa que sempre dizia que você não tinha futuro te ligando pra te dar os parabéns e te chamando pra jantar..
Garanto que você vai correr pros livros na hora!
Experiência pessoal: Depois de não passar no concurso da Controladoria Geral da União em 2008, estava MUITO puto com a ESAF, queria vingança a qualquer custo. Logo depois que saiu o resultado da CGU, saiu o edital do concurso para Analista de Planejamento e Orçamento do MPOG.
Eu não sabia muito sobre as atribuições do cargo (afinal, meu sonho sempre foi o Tribunal de Contas da União), mas a banca era de novo a ESAF.
Coloquei toda a raiva da banca e a frustração de não ter passado na CGU nesse concurso. Acabou me dando um gás a mais na preparação. Passei em 7º lugar e me senti “vingado”. 
Confesso que estudar movido por raiva ou vingança não é uma coisa muito nobre, mas funciona! Ficar pensando em arco-íris e filhotinhos pode não te levar a lugar algum. Também já fui daqueles que colocava fotos de carros e paisagens paradisíacas por toda a casa, mas não funcionou pra mim.
E ainda dá pra utilizar essa “reciclagem” de sentimentos em outras áreas da sua vida. Aconteceu algo de ruim? Recicle esse sentimento e vá fazer algo de útil; como por exemplo, se matricular numa academia, fazer aula de idiomas ou um mochilão pela Europa. Transforme esse lixo que poderia te prejudicar em uma coisa boa, e invista em VOCÊ. Sairás ganhando duplamente!

Até a próxima.
J.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Suor poupa lágrimas.

Como prometido, explico a frase do post anterior. Qual o seu significado?  Em linhas gerais, se você der seu máximo agora, não se arrependerá depois. Mesmo que a aprovação não venha naquele concurso. Ai.... arrependimento! Um dos piores sentimentos que o ser humano pode sentir.
Sabe o que mais derruba um concurseiro após um insucesso?
Quem respondeu que é a sensação da reprovação em si, está e.....rrado! O que baixa mesmo a moral de um concurseiro é a sensação de que poderia ter sido aprovado. Sabe aquelas vezes que faltam um ou dois pontinhos? Então, amigo.... ali é que o bicho pega.
Vejamos uma situação hipotética: Bruno e Caio são dois concurseiros. Bruno, apesar das dificuldades, se dedicou ao máximo. Pediu férias no serviço e estudava sempre que podia; não ia pra balada, respirava concurso 24 horas por dia. Enfim, deu o seu máximo naquele certame.
Já Caio, acreditando que tinha domínio da maior parte das matérias, se deu ao luxo de viajar pra Búzios logo que saiu o edital e ficou por lá uma semana. Estudava pouco e, vira e mexe, tomava uma cervejinha com os amigos. Vivia pensando no abadá do carnaval de Salvador que ele já tinha comprado no cartão em 12 vezes sem juros. Resumindo, se preparou mal e porcamente para o concurso.
Os dois fizeram a prova no mesmo colégio e na mesma sala, por estarem perto na ordem alfabética. Tudo bem parecido.
Eis que sai o resultado do concurso. Eram 30 vagas, e o 30º colocado fez 250 pontos. Bruno e Caio, curiosamente, fizeram 249 pontos. Tudo bem parecido, again.
Os dois então refletiram. Bruno, embora triste, não se arrependeu de nada. Ainda que pudesse voltar no tempo, faria tudo do mesmo jeito. Se não foi aprovado, foi por obra do destino, ou então pelo melhor nível dos outros candidatos. Mas a parte que lhe cabia foi feita. Sentimento de missão cumprida. Sem arrependimentos.
E Caio? Passou um flashback na cabeça dele. Todo o tempo que ele desperdiçou, as coisas que fez errado. Aí ele recebeu a visitinha daquelas palavras que tem um efeito devastador, “e se”. Daí, não parou mais. E se eu não tivesse viajado pra Búzios? E se eu tivesse trocado a cerveja pelos livros na sexta à noite? E se eu tivesse me dedicado como deveria? E se..... e se....?
Perguntas que ele nunca saberá a resposta!
Quando se chega tão perto da aprovação, qualquer sentimento se multiplica por cem. Raiva, frustração e principalmente o arrependimento!
Preciso dizer quem deu todo o suor que podia?
E quem passou a noite chorando?
É isso, caros leitores. Se dediquem agora (suor) pra não ficarem se lamentando (lágrimas) depois. Vale a pena. Palavra de São Jorge Concurseiro!

Até +
J.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

FOCO FOCO FOCO FOCO FOCO

Por que tanta repetição dessa palavra? Pois ela deve lhe acompanhar até que seu nome saia no Diário Oficial. Lembra que falamos no post passado do tal PRAZER em estudar?
Então, como se pode ter prazer em estudar, se existem tantas outras coisas competindo pela sua atenção?
A viagem pra Floripa, as baladas frenéticas, as corridas de Fórmula 1, a temporada atual de House, a crise de carência da namorada, vão ter que esperar!
Ressalto que essa é uma opinião extremamente pessoal, algumas pessoas podem discordar e achar que se deve levar uma vida normal quando se é concurseiro. Pra mim, sua vida tem que ser tão “miserável” (no bom sentido, se é que exista um), que estudar TEM QUE SER o seu melhor momento do dia. Ao ponto que você conte os minutos para voltar a ler sobre Licitações e Contratos. Pra mim funcionou perfeitamente.
Você não vai conseguir se concentrar satisfatoriamente nos estudos se tiver um churrascão regado a cerveja daqui a uma hora.
Agora, como ninguém é de ferro, uma saidinha de vez em quando pra desopilar é extremamente importante, mas não pode disputar com os livros por espaço na sua rotina . À medida que o dia da prova se aproxima, o foco tem que ser maior. Aliás, a publicação do edital já serve como uma referência. Edital na praça, vida social tendendo a zero.... rsrsrs
Eu prefiro esse foco total durante alguns meses, do que viver “nem lá, nem cá” por vários anos. Quem tudo quer, tudo perde. Depois que você for aprovado, terá todo o tempo do mundo pra assistir House, curtir baladas, encher a namorada de chocolate Lindt e até mesmo assistir uma corrida de Fórmula 1 ao vivo.
Tenha certeza de uma coisa: seus pais, irmãos, seus VERDADEIROS amigos e a sua alma gêmea entenderão esse momento e lhe darão todo o apoio necessário. As pessoas que não o fizerem, não se encaixam em nenhuma das categorias acima.

Para finalizar, deixo aqui uma frase pra ser digerida lentamente:
“Suor poupa lágrimas.”
É uma adaptação ao mundo dos concursos de uma frase aprendida no Exército que diz que o suor poupa sangue. Futuramente, falarei mais sobre ela.

Até a próxima!

J.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O PRAZER em estudar.

Dizem que as grandes caminhadas começam no primeiro passo. Pra mim, isso é a mais pura verdade. E como foi dito anteriormente, uma das partes mais difíceis dessa “vida” de concurseiro (outra certamente é lidar com os insucessos, o que será objeto de posts futuros) é dar o tal do primeiro passo, ou seja, colocar a buzanfa na cadeira e estudar pela primeira vez. Mas é claro que não basta apenas esse ato, é preciso gostar do que se está fazendo. Ninguém gosta de fazer algo de maneira forçada, né? (ainda que a pessoa que esteja forçando seja você mesmo.)
Eu acho que um dos principais mandamentos do concurseiro (o bem sucedido, pelo menos) é ter PRAZER em estudar. Não vou ser hipócrita em dizer que devemos ter prazer em estudar Contabilidade Geral (uma das matérias pela qual tenho menos "apreço"), Língua Portuguesa, etc. O prazer tem que ser em ESTUDAR, e não nas matérias em si. Para se ter um estudo de qualidade, em que se assimila a maior parte dos conteúdos, é preciso que sua mente esteja FOCADA.
Faça um teste. Qual das duas situações você se lembra mais claramente e com riqueza de detalhes: a última vez que saiu com os amigos ou a última vez que ficou preso em um engarrafamento? Eu já sei a resposta....
Em qual das situações acima você sentiu mais prazer? Pois é, a mente humana tende a eliminar ou dificultar a lembrança de tudo aquilo que lhe causa aflição, raiva, dor, agonia, etc. Puro e simples instinto de autopreservação!
Se você estuda pensando “Ai, que saco! Não vejo a hora de passar em um concurso pra largar essa ***** de livro chato!”, provavelmente ficará nessa vida de cão por um bom tempo!
O livro não pode ser encarado como um vilão, muito pelo contrário! Ele é seu passaporte para um futuro melhor, realização profissional, estabilidade financeira, entre outras coisas. Não estude pensando que a matéria X é um saco (mesmo que, de fato, ela seja); pense que, aprendendo essa matéria, você estará mais perto de realizar seu sonho.
Não gosta de uma matéria? Então comece a priorizar exatamente ELA, pois tendemos a estudar mais as matérias que gostamos e encontramos maior facilidade. Lembra da "zona de conforto"? Então, olha ela aí nos atrapalhando de novo.... rsrsrs
Na maioria dos casos, quando você começar a entender a matéria, pegará gosto por ela. Me diga: quantas vezes você já "não foi com a cara" de uma pessoa sem conhecê-la, mas ao conviver com ela, passou a gostar?
Caro leitor, se você estudar apenas por estudar, sem sentir prazer, "brigando" com os livros, sua caminhada ficará muito difícil!
Quer uma prova de que o PRAZER em estudar funciona? Hoje em dia, cada vez mais servidores recém aprovados se matriculam em cursos de Direito (inclusive este que vos tecla). Muitos nem pensam em exercer a advocacia ou prestar concursos da área jurídica. Por que isso? Com certeza passaram a sentir prazer em estudar Direito enquanto eram concurseiros! 
Mas, "Peraí!" -  você dirá. Foram aprovados porque tiveram prazer em estudar ou tiveram prazer em estudar porque foram aprovados? Aí é o “Dilema de Tostines”, amigo! O que importa é que, nesse caso, “prazer” e “aprovados” estarão sempre na mesma frase. Capisce?

O único concurso impossível de se passar.

Só existe UM concurso em que é impossível ser aprovado.
Lhes direi qual é...
Seria o Senado?
Tribunal de Contas da União?
Receita Federal?
NÃO!
É aquele em que você não se inscreveu. Em todos os outros, você tem chance!
Cada concurso que você faz, te deixa mais "cascudo", mais experiente, para o próximo.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Como dar o primeiro passo.


Começando efetivamente a postar aqui! Bem, acho que antes de falar sobre métodos de estudo e motivação, creio eu que existe um assunto muito importante a ser abordado. Quando (e como) começar a estudar? De acordo com o Oasis (na música “Go Let it Out”) o melhor momento é sempre agora. Sei que existem várias pessoas que sabem dos benefícios inegáveis de se tornar um funcionário público, acham lindo quando o vizinho ou a cunhada passam em um concurso, mas não conseguem começar a estudar.
Ponha isso na conta da tal “zona de conforto”. Essa bendita atrapalha muitas coisas em nossa vida, e em se tratando de concursos, não podia ser diferente. Realmente, pra se ter sucesso nessa empreitada é preciso muita devoção e foco; caso contrário será mera perda de tempo (que não volta atrás).
Como todo mundo, sofri muito pra romper a inércia, sair da zona de conforto. Era Oficial do Exército, que é uma carreira digna e respeitada, podendo proporcionar uma vida até certo ponto tranquila. Porém, eu sabia que não era aquilo que queria fazer para o resto dos meus dias. Mas cadê a coragem de começar a estudar?
Era igual dieta de gordinha, sempre começaria na “segunda que vem”. Até que um dia, conversando com um amigo também (ex) militar, ele me disse:
“_ Cara, você só vai começar a estudar quando for “forçado por si mesmo”, quando deixar um “checão” no cursinho. Duvido que você irá jogar dinheiro fora!”
E foi verdade mesmo, depois de deixar um polpudo cheque em um cursinho de Brasília, me senti moral, mental e financeiramente compelido a estudar!
 Eu associo muito a vida de concursos a andar de bicicleta. Aliás, essa é uma das várias associações que você verá por aqui. No começo, precisa de um empurrãozinho, é doloroso, pode ocasionar algumas quedas, mas quando se pega o jeito, ninguém segura!
Nesse caso, o cursinho foi a rodinha da bicicleta!
Caros leitores, ressalto a importância de começar a estudar o quanto antes (agora!). Cada dia que passa, mais pessoas entram nesse mundo de concursos, o que eleva o nível de concorrentes. E as bancas examinadoras, por sua vez,  estão cada vez mais exigentes, beirando a covardia! Já vi concursos pra nível médio cobrando Direito Processual Penal. 
A título de exemplo, no concurso do Tribunal de Contas da União de 2011 para Auditoria Governamental, as matérias cobradas foram as seguintes: 1- Português, 2- Controle Externo, 3- Direito Administrativo, 4- Direito Constitucional, 5- Direito Civil, 6- Direito Processual Civil, 7- Direito Penal, 8- Inglês, 9- Auditoria,10-  Administração Financeira e Orçamentária, Análise de Demonstrações Contábeis ( uma mistura de 11- Contabilidade Geral e 12- Contabilidade Pública), 13- Administração Pública, 14- Direito Regulatório e Economia aplicada à Regulação ( uma combinação de 15- Economia, 16- Finanças e 17- Matemática Financeira). Desmembrando, eram 17 matérias pra estudar! Isso sem contar as QUATRO questões discursivas e o fato de cada alternativa errada anular uma correta. Achou difícil?
Vai lá ver o edital do Tribunal de Contas do DF então....
Não vou nem comentá-lo aqui... vejam com seus próprios olhos. Agora, compare com edital para o mesmo cargo em 2002.
Na minha modesta opinião, o edital de 2011 está um “zilhão” de vezes mais complicado que o de 2002. E demonstra como os concursos estão ficando cada vez mais difíceis.
Finalizando: se você deseja ser funcionário público, comece agora! Cada dia, cada ano que passa, a situação piora... as vagas diminuem e as provas ficam mais difíceis. Saia da zona de conforto, rompa a inércia e inicie os estudos. Veja onde o calo mais aperta e pise com força! No meu caso, foi no bolso....

Pra relaxar depois de um post longo, um pouco de OASIS:
 

Hasta luego!
=)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O início de uma longa jornada....


 "Allons enfants de la Patrie, le jour de gloire est arrivé..." (Avante filhos da pátria, o dia da glória chegou...)
E é ao som da Marselhesa que começo este blog. Meu dia da glória chegou! Hoje tive a confirmação de que estava aprovado e convocado para o Programa de Formação do cargo que sempre sonhei: Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (só de digitar o nome, meus olhos ficam marejados). Depois de ser Oficial do Exército, Analista Judiciário no Supremo Tribunal Federal e Analista de Planejamento e Orçamento, exercerei o cargo que tanto almejei.
Pretendo humildemente, com este blog, ajudar VOCÊ a conseguir o seu cargo dos sonhos! É uma sensação indescritível, que todos deveriam sentir ao menos uma vez na vida.
O nome do blog é uma singela homenagem ao meu santo de devoção e "nomeação" (rsrsrs), pois, assim como meu pai, me chamo Jorge.
Daqui pra frente, pretendo compartilhar dicas de estudos, preparação e motivação, como se estivéssemos numa roda de amigos. Aceitarei sugestões, dúvidas e reclamações. A interação será muito bem vinda por aqui.
Espero vê-los futuramente! Nossa jornada está só começando....
AVANTE!